terça-feira, 2 de novembro de 2010

O sorriso

Aqui deixo um texto apelando a que sorriam e façam sorrir, pois o sorriso é a expressão mais bela do vosso rosto e sorrindo o mundo parece sempre melhor.


Mais uma fria manhã de Inverno, Augusta via a neve cair lá fora pela sua janela e recordava-se do tempo em que ainda tinha forças para brincar no meio desta com o irmão mais novo. Agora estava velha, cansada e abandonada. A juventude ia longe, o irmão casara-se, o marido morrera e o único consolo era o seu fiel gato, o Riscas.

Duas casas abaixo, Ana, uma jovem de 15 anos, saia de casa agasalhando-se contra o vento gelado e tapando o longo cabelo castanho encaracolado com um gorro. Ana subia a rua devagar, por causa do manto branco que se estendia por toda a cidade, quando parou em frente a uma casinha branca com janelas pequeninas que, embora a jovem passasse por ela todos os dias, nunca tinha realmente parado a olha-la.

Da janela do segundo andar espreitava uma senhora de idade, com cabelos grisalhos e olhos azuis-acinzentados tristes e sem vida. Ana fugiu assustada, mas depressa se arrependeu do seu acto, pensando ter magoado a pobre senhora.

No dia seguinte, Augusta acordou sobressaltada com a campainha. Olhou para o relógio: eram dez da manhã. Quem seria?! Vestiu o robe e caminhou vagarosamente até à porta, abriu-a e deu de caras com a jovem Ana, que lhe vinha pedir desculpa pela reacção da manhã passada.

Augusta agradeceu e a partir daí a conversa fluiu automaticamente. À hora de almoço despediram-se e cada uma voltou à sua rotina, mas desta vez com uma pequena diferença: Ana levava na cara um sorriso por ter ajudado a vizinha e Augusta pela felicidade que a jovem trouxera à sua casa.

Cucas***

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