domingo, 17 de abril de 2011

Primeiro dia

Este poema é dedicado à minha boneca de trapos...


Primeiro dia,
acordo de manhã cedo.
Saiu de casa a correr,
com medo.
Levo nas costas a mochila
e na mão o almoço,
na outra levo-te a ti
(agarro-te pelo pescoço).

Feita com trapos,
desfeita sem eles.
Um olho cozido, outro não,
saia verde de balão.
Cabelos: fios de lâ,
sorrindo para mim: Mamã.


Cucas***

Liberdade (pura e completamente louca)

O que é a liberdade?

Somos verdadeiramente livres?

A liberdade, para mim, é poder de escolha, é ter a capacidade de escolher o que fazer e não a acção de faze-la, nem as suas consequências.

Mas, para muitos, a liberdade é limitada... pelo nosso corpo, pelos valores morais ou pelos valores éticos. então digamos que uma pessoa totalmente livre é aquela que não conhece barreiras, aquela que não reflecte sobre o impacto e efeitos das sua acções (tanto nela mesma como nos outros), aquela que é louca, um louco.

Um louco é capaz de se atirar de um prédio só para "exprimentar a sensação", sem pensar em si ou se o seu corpo aguentará a queda. Um louco é capaz de matar a sangue frio, ou seja sem ficar sem remorsos ou pensar sequer no que fez, mantendo-se normal face ao crime que cometeu contra todos os valores morais e éticos. Um louco é capaz de tudo porque não conhece barreiras, limites, porque é total e ilimitadamente livre.

Mas,como todos nós temos um pouco de loucura, um pouco de louco (uns mais que outros), podemos todos dizer que somos também um pouco livres, que somos livres até às nossas "barreiras", criadas especialmente para nós, baseadas no nosso nível de loucura.

Mas puro e completamente livre só é o puro e completamente louco...


Cucas***

domingo, 27 de março de 2011

Grandiosa

Dedicado a todos os "mas"...


A grandiosa ironia
de um Deus desacreditado,
de um mundo desaproveitado,
de um povo desligado.

Ah! Essa grandiosa ironia...


Cucas***

sábado, 11 de dezembro de 2010

Realidade Oculta

Um pouco mórbido, mas não deixa de ser interessante...

Uma negra noite
Um escuro dia
Uma perigosa tarde tardia

Uma fria casa
Uma triste rua
Uma assustada mulher nua

Uma difícil palavra
Um sombrio poeta
Uma lúgubre verdade encoberta

Cucas***

sábado, 4 de dezembro de 2010

Poderosamente

Ás vezes dou por mim a rimar pensamentos... quando tenho papel e caneta transcrevo-os para as folhas brancas manchadas de tinta azul que, palavra por palavra, formam um poema.


Teu beijo sabor a framboesa,
Teu cabelo cheiro a maça,
Teu corpo contra o meu em sintonia
Aconchegando-me até de manhã.

Quem sou, o que faço, onde moro,
Tudo isto esqueci perdi...
Ao me abraçares de tal forma;
Endoideci...

Na doce triste despedida
Deste-me um último beijo
Pequeno, poderoso, apaixonante
És o meu único enorme desejo...


Cucas***

domingo, 14 de novembro de 2010

Mãe só há uma

Baseado numa pequena anedota que um dia me contaram, aqui vos deixo um texto um tanto ou pouco cómico, que demonstra a inocência de uma criança num mundo não feito para ela.


Certo dia, a professora primária mandou à turma escrever uma composição de trabalho de casa com o tema " Mãe só há uma".

No dia seguinte, pediu que cada um dos seus alunos lê-se o que escrevera. Cada um deles tinha coisas diferentes ou iguais a dizer sobre a mãe:

"A minha mãe é única, porque é professora."

"A minha mãe trabalha muito para me poder dar o melhor que o mundo oferece."

Chegada a vez de Júlia, filha de dois bêbedos incorrigíveis, a professora pôs-se mais atenta, esperando para ouvir o que aquela criança teria a dizer da sua mãe.

Júlia começou a ler:

"Ontem à noite, os meus pais estavam na sala a ver televisão, quando a minha mãe me chamou:

- JÚLIA! Traz-nos duas cervejas! RÁPIDO!

Eu corri para a cozinha, abri o frigorífico e só vendo uma garrafa, gritei:

- Mãe! Só há uma!"


Cucas***

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Cuidar da Terra

A Terra, o nosso planeta, o nosso habitat, é a maior riqueza que nós temos e devíamos estar gratos por ela, mas nem todos a merecemos. Admira-me a falta de interesse e respeito que alguns de nós têm pelo planeta azul.

Ainda na semana passada, enquanto caminhava por um jardim perto da minha escola, vi uma criança com perto de 6 anos que passeava pela mão da mãe, comendo um chocolate. Depois de acabar o delicioso petisco, o rapaz atirou o papel para o chão e a mãe foi incapaz de fazer ou dizer alguma coisa, embora tivesse assistido a tudo.

Mas nem sempre a culpa é nossa, dos jovens, porque muitos de nós não aprendem a desrespeitar a Terra sozinhos, como pude observar quando a mãe do mesmo rapaz deixou no chão do jardim a sua garrafa de água que tinha acabado de beber.
Podemos pensar que uma garrafa ou um papel não vão mudar o mundo, mas a verdade é que quando mais pessoas pensarem assim, mas lixo atiraremos para o chão do nosso planeta e nunca vamos realmente o merecê-lo.

Por isso, em nome da Terra, o nosso planeta, o nosso habitat, peço a todos os cidadãos preocupados que a protejam e que ajudem quem não sabe a protegê-la também.

Cucas ***